Artigo 202 – O corpo e a carreira – parte V

por Marcelo Veras | 23 de fev de 2015

 “30 minutos por dia. Você consegue!” 

 Encerrando o tema “gasto calórico” e suas implicações no peso corporal, na disposição e na produtividade no trabalho, vamos ao terceiro fator, e não menos importante, que nos ajuda a aumentar o gasto calórico, manter uma vida saudável e com impactos diretos na nossa atividade profissional – a atividade física frequente.

 O número de estudos sobre o efeito dos exercícios físicos no gasto calórico, na saúde em geral, na criatividade e disposição é incontável. Não há mais nenhuma dúvida de que o nosso corpo e a nossa mente precisam de atividade física frequente. Se o corpo não estiver bem, a mente não estará. É uma grande ilusão achar que corpo e mente são “peças” desassociadas e que funcionam de forma independente. Quem, assim como eu, faz atividade física frequente, conhece os impactos positivos na disposição, criatividade e desempenho no trabalho. Chega a ser engraçado (se não fosse trágico) ouvir de algumas pessoas que não fazem atividade física frequente argumentos bem enfáticos de que não dá tempo conciliar as duas coisas. Como se fossem mutuamente excludentes. Não são. Basta pensar que a expectativa de vida só cresce e o corpo que temos, gostemos ou não, terá que nos sustentar por mais tempo. Caso contrário, vamos viver mais tempo com sérios problemas de saúde e isso não parece nada bom.

 Quando comecei a minha jornada há 10 anos, depois do susto já contado aqui, e incluí atividade física pelo menos quatro vezes por semana na minha agenda, pude perceber o tamanho da besteira que estava fazendo antes disso. Tudo melhorou. Tudo mesmo. Aliada a uma frequência de alimentação de cinco vezes ao dia, a atividade física frequente aumenta o gasto calórico e produz um resultado (físico e mental) fantástico. Como já disse, não sou técnico no assunto, mas hoje entendo que os hormônios produzidos durante as atividades físicas melhoram tudo, até o humor. 

 Para quem acha que é preciso “abrir” mão de muito tempo da sua agenda diária para tal, vai aí a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde): 30 minutos por dia, podendo ser dividido em dois períodos de 15 minutos ou até três períodos de 10 minutos. Ou seja, quem não conseguir “achar” três períodos de 10 minutos na sua agenda para fazer alguma atividade física é porque realmente não enxerga nisso uma prioridade e prefere pagar o preço (que será alto) no presente e no futuro. Não é difícil, concorda? Basta achar dois períodos no dia para fazer uma caminhada de 15 minutos, por exemplo, até mesmo se for durante a ida ao trabalho ou escola, no intervalo do almoço ou na volta para casa. Se você procurar, vai encontrar um bom horário para começar esta jornada, caso ainda não a tenha. Quem já tem este hábito irá concordar comigo agora. Depois que se começa e se vence a barreira inicial, a tendência é só consolidar e aumentar a frequência e tempo. Parece aquela metáfora que usamos sempre: - Se você for picado pelo mosquito, não larga mais. Mais uma vez faço questão de reforçar que a combinação de atividade física com alimentação, de boa qualidade e de três em três horas), é necessária para um bom resultado. O auxílio de um bom profissional para lhe ajudar a montar uma agenda de exercícios (frequência, tipo e intensidade), juntamente com uma reorganização alimentar (tipo de alimentos e frequência), é fundamental, ainda mais se você decidir mudar hábitos ruins e antigos da sua rotina. Nunca é tarde. Comece já e dê uma chance para você conhecer uma nova vida e seus impactos positivos na sua carreira.

 No próximo artigo encerro a série “Corpo e carreira”, compartilhando um pouco do que aprendi sobre alimentos e hábitos eficazes para usar a alimentação a favor da nossa carreira e não contra. Até lá!

por Marcelo Veras
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